quarta-feira, 17 de junho de 2009

segunda-feira, 15 de junho de 2009

quarta-feira, 10 de junho de 2009

REFLEXÃO SOBRE
Fundamentos da Informação na Educação: Alguns Aspectos

ROCHA, Maria de Fátima Ribeiro da

“O Conhecimento torna-se pertinente quando é capaz de situar toda informação em seu contexto e, se possível, no conjunto global no qual se insere”. (MORIN, 2002.).

Nas sociedades contemporâneas, a informação e o conhecimento se tornaram indispensáveis e ao mesmo tempo disponíveis a um número cada vez maior e mais diversificado de pessoas. A internet, rede mundial de informação que torna o hipertexto acessível a um simples toque dos dedos, é a expressão tecnologicamente mais avançada de processo que há décadas vem se instalando na nossa cultura.
Porém, a escola hoje não consegue perceber que nesses últimos tempos o aluno encontra-se inserido e consome essas tecnologias que fazem parte de seu cotidiano. Esses jovens vivem em constante estado de mudanças, interagindo uns com os outros e, que são incentivados a cada dia, com um produto novo lançado no mercado. Em contrapartida, a escola que deveria propiciar mudanças no seu paradigma de produção e divulgação do conhecimento, insiste em colocar na sala de aula, conteúdos desconectados da realidade desse aluno e, professores que ainda transmitem conhecimentos por meio de aulas expositivas. Com isso, acredita que só aprende-se na escola.
Nesse sentido, com avanços das tecnologias da informação e acrescente-se o enorme poder informativo da televisão e a possibilidade de interação entre os diferentes meios de comunicação - Para se ter ideia do caminho aberto pela auto-estrada da informação – que só tende a se ampliar e aumentar o número dos que nela navegam. Esse é o cenário do futuro, mas uma coisa parece claro: o conhecimento deixará de ser, ou podemos até dizer que já deixou de ser de domínio das instituições escolares, que têm sido tradicionalmente meras transmissoras de conteúdos totalmente descontextualizados do mundo globalizado.
Frente a essa realidade a escola se vê obrigada a engajar-se nesse novo processo de transformação em que o professor deve estar preparado para utilizar os recursos tecnológicos no fazer pedagógico de maneira crítica, reflexiva e responsável.
Essa inserção das TICs na educação requer, também, mudanças de pensamento e de postura teórico-metodológica do professor, porque senão as práticas pedagógicas correm o risco de valoração da técnica pela técnica, ou seja, utilizar as tecnologias como fins e não como instrumento mediador de aprendizagens
Por conseguinte é preciso reconhecer que, para a maioria dos alunos que nasceram nesse final de milênio, a escola não vai ser a única fonte de informação. Isso já é uma realidade, que está afetando o papel do professor. Este será cada vez menos o guardião de conceitos e passará a ser um facilitador da integração e da significação na contextualização do ensino de conhecimentos acessíveis pelos diferentes suportes tecnológicos.
É nesse cenário que os professores precisam aprender a ser, fazer, conviver e trabalhar em equipe e estar intelectualmente aberto às mudanças e preparando-os para enfrentar os novos desafios da sociedade do conhecimento. Isso significa dizer que a Tecnologia da Informação e Comunicação – TICs nas escolas precisam despertar a autonomia, a auto-estima, a solidariedade, a colaboração e a cooperação tanto do professor quanto do aluno, oportunizando-os a serem os protagonistas em suas aprendizagens.
Com as mudanças de papeis todos os núcleos da escola e, reconhecer que não será mais possível transmitir conhecimentos com a velocidade e a atratividade da multimídia. É privilegiar a constituição de quadro de referência científico, cultural e ético para selecionar, organizar e dar sentido e transformar essas informações em conhecimento. O que quer dizer que, os professores precisam desvelar essas novas formas de aprender, bem como o aluno trabalhar com o conhecimento prévio (empírico), para que possa avançar até chegar ao conhecimento sistematizado.
Nesse sentido, é preciso ir planejando, construindo e transformando uma parte das aulas num processo continuo de aprender e de comunicar no qual o aluno equilibrará seu conhecimento com criatividade, ou seja, construindo sentidos com base nas informações e esta pode ser a tarefa mais nobre da escola à comunidade e, com isso, sintonizar o currículo ao conhecimento contemporâneo, que está ultrapassando as fronteiras disciplinaristas/rígidas do paradigma do século 19, que insiste em se perpetuar.
Esse novo instrumento, mesmo interativo e formador de mentalidades, as tecnologias da informação e comunicação não estão alheias ao cotidiano da educação escolar. Esta espera-se que prepare os alunos para gerenciar os significados veiculados pela mídia, por meio de uma análise mais crítica. .
Portanto é preciso reafirmar a importância da escola na construção de significados deliberados. A instituição escolar parte da experiência espontanêa para chegar à sistematização e a abstração, que liberta e permite identificar o objeto do conhecimento. Saber como se aprende e, atribui valores á aplicação do saber e estimular sua operacionalização e expressão sem excluir. A tecnologia da informação pode ser uma nova oportunidade de a escola cumprir com êxito a missão que legaram os grandes pedagogos do passado, expressando o anseio social de uma vida melhor e mais feliz.